Em fim de semana de Páscoa recordo a minha visita à histórica e venerada vila da Muxima, o local que anualmente acolhe em peregrinação milhares de professantes da fé católica.
A sossegada vila fica situada bem no coração da província do Bengo, já em pleno sertão angolano. À sua frente espraia-se o imponente rio Kwanza que até há poucos anos servia de principal rota de entrada dos peregrinos que vinham reverenciar a imagem da Nossa Senhora da Muxima.
Eu, que sou bem desligado dessas coisas da fé, detive-me mais a contemplar os vestígios dos antepassados lusos, nomeadamente o forte português estrategicamente posicionado no topo do morro que se antepõe à vila e de onde, no século XVII, os militares portugueses terão visto chegar, via rio Kwanza, a armada holandesa que viria a ocupar a vila durante cinco longos anos na sequência do que já haviam feito com as cidades costeiras de Luanda e Benguela.
À época valeu-nos Salvador Correia de Sá...
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1 comentário:
Interessante, terminas o posto com "valeu-nos Salvador Correia", um senhor que o império luso soube hornar com estátuas e com o nome na mítica escola, hoje Mutu Ya Kevela.
Digo interessante, porque reza a história que o nosso amigo brasileiro nºao libertou Luand a pensar nos nossos (angolanos) lindos olhos, mas porque a perda do controlo do tráfico de escravos (Angola terá sido o maior fornecedor de escravos da história da humanidade) estava afectar gravemente a economia brasileira e logo a seguir a libertação, o brasileiros passaram a controlar este importante negócio.
Abraços e bons posts.
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